Fibonacci no trading: o que é e como usar?

Foi após ter visitado uma fazenda, onde havia uma criação de coelhos, que o matemático italiano Leonardo de Pisa, conhecido como Fibonacci, estabeleceu no Ocidente uma das mais famosas teorias matemáticas: a Sequência de Fibonacci. 

O matemático pretendia descobrir quantos coelhos fariam parte da criação dentro de um ano e, para isso, utilizou a sequência matemática:

0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584…

Nela, um número é sempre igual à soma dos dois anteriores. Além disso, a partir de 55, sempre que um número é dividido pelo seu anterior, o resultado é o número Phi: 1.618.

O que tudo isso tem a ver com o trading?

Basicamente, Phi está relacionado a tudo que existe. 

A relação de 1 para 1.618 também é chamada de Razão Áurea e está presente, de forma geral, na evolução da vida, em ciclos de crescimento ou diminuição. 

Alguns exemplos são: o movimento dos astros, galáxias, a formação de furacões, proporções do corpo humano, as pirâmides do Egito ou na concha de um caramujo. Por fim, chega-se à Espiral de Fibonacci:

Espiral de Fibonacci

Diante de um movimento natural que influencia tantas coisas, com uma proporção estabelecida, a Razão Áurea chegou ao mercado financeiro.

É bastante difícil identificar quem foi o primeiro a aplicar Fibonacci no trading, mas provavelmente, o início ocorreu com William Delbert Gann (1.878 – 1.955), Ralph Nelson Elliot (1.871 – 1.948) e Richard Demille Wickoof (1.873 – 1.934).

De acordo com estudos e teorias destes precursores, 3 constatações:

  • preços oscilam dentro de ciclos, que se expandem ou contraem;
  • ciclos podem ser descritos em termos de razões/múltiplos das oscilações anteriores;
  • é possível observar se essas razões são mantidas ao longo do tempo. 

Quando usar Fibonacci no trading? 

Com base na sequência de Fibonacci, os níveis mais populares e utilizados são: 

38,2 50,0 61,8 161,8 

Além disso, a Sequência de Fibonacci também pode ser um recurso para as 2 situações mais abrangentes do trade:

  • o comprador compra porque acredita que o ativo esteja barato e que conseguirá revender mais caro no futuro;
  • o vendedor vende porque acredita que o ativo esteja caro e que conseguirá recomprar mais barato no futuro. 

Sendo assim, a projeção de Fibonacci pode ajudar a identificar os seguintes movimentos:

  • possíveis regiões de suporte, (preços baratos); 
  • possíveis regiões de resistência (preços caros);
  • possíveis regiões de alvos (topo histórico ou mínima histórica);
  • reversão, quando o mercado atingir tal número, há uma chance de reverter. 

As Ferramentas de Fibonacci: antes de usar, saiba quais são

Se alguém tem uma caixa de ferramentas, antes de usá-las, é preciso saber o que cada uma delas pode fazer e qual seu objetivo. 

A analogia é a mesma para as Ferramentas de Fibonacci:

  • Fibo no Preço: para estimar um valor, é a mais comumente utilizada, seja para retrações, extensões, projeções ou expansões;
  • Fibo no Tempo: para prever o momento de uma mudança de rumo no mercado.
  • Outras: Canal de Fibo, Arco de Fibo, Grade de Fibo. 

Para utilizá-las da forma mais assertiva, é necessário também que o trader saiba identificar o que é um topo (máxima, cercada de máximas maiores) e um fundo (mínima, cercada de mínimas maiores). 

Um topo só deveria ser marcado após um fundo e um fundo ser marcado após um topo.

Retrações de Fibonacci: como identificar?

Seja para tendências de alta ou de baixa, uma retração de Fibonacci é revelada por características específicas:

  • tem 3 linhas horizontais:
  • fica dentro do range, entre o fundo e o topo;
  • está na direção contrária do trecho escolhido;
  • exige 2 números para ser traçada, ou seja, um fundo e um topo.

Após uma movimentação ou tendência de alta, é possível utilizar a estratégia para comprar suporte, já que a expectativa é de correção, antes da continuação de um movimento ascendente.  

Para definir um suporte, basta consultar o price action de fundos anteriores, bem como as regiões que foram respeitadas. Outro caminho é estimar, quando não há referências ao lado esquerdo do gráfico.

Já em um ciclo de queda, Fibonacci pode ser utilizado para vender resistência. Novamente, após a retração de queda, estima-se o movimento de correção para posicionar ordens de venda. 

Por que usar a Ferramenta de Fibonacci?

Fibonacci é uma das poucas estratégias que permite uma estimativa geral do que pode acontecer com o mercado, considerando o passado e o presente. 

O trader consegue analisar trechos em que o mercado já andou, acompanhar o que está acontecendo e observar o desenvolvimento, dentro do desenho inicial imaginado, para obter lucros futuros. 

Afinal, onde exatamente usar Fibonacci?

Não existe uma resposta exata para essa pergunta, mas, obviamente, o mais próximo seria: onde ajude a aumentar a lucratividade do trader, certo?

Para isso, antes de terminar, alguns pontos básicos.

  1. Saiba definir o que é um topo e um fundo.
  2. Um topo não pode existir sem um fundo anterior. 
  3. Defina o seu perfil de trade. Qual é o período de análise do gráfico ideal para o seu perfil (semana, dia, hora)? Para isso, leve em consideração a sua capacidade financeira. 
  4. Lembre-se de sempre começar traçando com base na leitura passada de mercado e considerar se determinado ativo respeita seu plano inicial.

Por fim, alcançar uma utilização amigável de Fibonacci depende, além de entender a técnica, refinar o trade de acordo com seu perfil. 

Para entender Fibonacci no trading, do básico ao avançado, com um dos maiores especialistas do Brasil, Alexandre Cavalleri (Lex), você pode se inscrever no curso da BuscaTrade. Clique abaixo:

Fibo dinâmico: Marco Rossi e Fibonaccing

Entre todos que já estudaram e utilizaram as Ferramentas de Fibonacci, um brasileiro em especial aprofundou a técnica e se destacou.

Depois de trabalhar por 32 anos no mercado financeiro, Marco Rossi criou a metodologia chamada Fibonaccing.

Segundo ele, obter resultados com as ferramentas usuais de Fibonacci depende também de entender a psicologia de mercado, que está baseada na observação de aspectos como necessidade, momento e intenção. 

Quem teve a oportunidade de aprender com Marco Rossi (consultoria Fibonaccing) sabe que é necessário ir além da avaliação do registro gráficos, já que este é apenas uma representação. 

Ao trabalhar com Fibonaccing, são consideradas a certeza de um topo e a possibilidade de um fundo ou vice-versa. Então, buscam-se as retrações de forma dinâmica e não estática, como no Fibonacci usual. 

Essa é a principal diferença na metodologia criada por Marco Rossi. Quer saber mais sobre o assunto? Fibonaccing também é um dos assuntos abordados no curso Fibonacci no trading, do básico ao avançado.

Fibonaccing: do básico ao avançado

Artigos Relacionados

Respostas

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *